A classificação fiscal de mercadorias é um elemento essencial para empresas que comercializam produtos, sejam do varejo, atacado, indústrias ou e-commerces.
Essa prática está diretamente ligada à correta apuração de tributos, à conformidade fiscal e à prevenção de autuações.
Neste artigo, você entenderá o que é a classificação fiscal, como ela funciona, quais são os riscos de erros e como manter a operação da sua empresa regular e eficiente.
O que é a classificação fiscal de mercadorias?
A classificação fiscal de mercadorias consiste na atribuição de um código específico para cada item comercializado.
Esse código segue a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), que por sua vez se baseia no Sistema Harmonizado (SH), adotado internacionalmente.
O código NCM possui oito dígitos e serve para identificar a natureza da mercadoria. Ele influencia diretamente a tributação, incidência de impostos como IPI, ICMS, PIS, COFINS e até mesmo benefícios fiscais.
Para que serve a classificação fiscal?
A função principal da classificação fiscal de mercadorias é padronizar a identificação dos produtos para fins tributários.
A partir dessa padronização, os órgãos governamentais conseguem:
- Aplicar a tributação correta
- Controlar estatísticas de comércio exterior
- Monitorar operações de importação e exportação
- Reduzir fraudes fiscais
Além disso, a correta classificação evita pagamento indevido de tributos ou passivos que poderiam surgir com autuações da Receita Federal ou das Secretarias da Fazenda Estaduais.
Leia também: A reforma tributária e a classificação fiscal de mercadorias
Como é composto o código NCM?
O código da classificação fiscal de mercadorias é composto por oito dígitos e segue esta estrutura:
Posição | Descrição |
1º e 2º | Capítulo (categoria principal) |
3º e 4º | Posição (subcategoria) |
5º e 6º | Subposição (detalhamento) |
7º | Item |
8º | Subitem |
Por exemplo, o código NCM 0402.21.10 refere-se ao leite em pó, com teor de gordura inferior a 1,5%.
Importância da correta classificação fiscal de mercadorias
A correta classificação fiscal de mercadorias é fundamental para garantir:
- Conformidade fiscal
- Evitar autuações e multas
- Benefícios tributários
- Aproveitamento de créditos fiscais
- Boa reputação fiscal da empresa
Empresas que erram na classificação podem sofrer sanções, pagar tributos indevidos ou perder oportunidades de redução fiscal.
Exemplos de impactos de uma classificação incorreta:
- Classificar um produto com alíquota de ICMS de 12% ao invés de 7%
- Aplicar IPI indevidamente em produtos isentos
- Deixar de utilizar regimes especiais por erro na NCM
Como realizar a correta classificação fiscal de mercadorias?
A seguir, apresentamos as principais etapas para aplicar corretamente a classificação fiscal de mercadorias:
Levantamento técnico da mercadoria
É necessário descrever o produto em detalhes: composição, finalidade, funcionamento, processo de fabricação e apresentação.
Consulta à tabela NCM
Com base nas informações técnicas, é feita a consulta à tabela da NCM e à TEC (Tarifa Externa Comum) para determinar o código mais adequado.
Validação com especialista tributário
Contar com apoio de uma assessoria tributária é essencial para confirmar a escolha do código e verificar implicações tributárias.
Cadastro correto no ERP
Após a definição da NCM, cadastrar corretamente no sistema de gestão da empresa para garantir emissão de notas fiscais com os tributos corretos.
Tabela: Exemplos de classificação fiscal por setor
Setor | Produto | NCM | Observação |
Alimentos | Leite condensado | 0402.99.90 | Pode ter benefícios fiscais estaduais |
Construção | Tijolo cerâmico | 6904.10.00 | Sujeito a substituição tributária |
Cosméticos | Shampoo | 3305.10.00 | Sujeito a PIS/COFINS não cumulativo |
Tecnologia | Notebook | 8471.30.12 | Benefício fiscal em algumas regiões |
Vestuário | Camiseta de algodão | 6109.10.00 | Possui alíquota reduzida de ICMS |
Saúde | Aparelho de pressão digital | 9027.80.99 | Pode estar isento de IPI |
Riscos de uma classificação fiscal incorreta
Empresas que não realizam corretamente a classificação fiscal de mercadorias enfrentam sérios riscos, tais como:
- Autuações fiscais: A Receita Federal pode aplicar multas que superam 75% do valor do tributo não recolhido.
- Perda de créditos tributários: Créditos de PIS/COFINS ou ICMS podem ser indevidamente glosados.
- Multas por emissão incorreta de nota fiscal: Um simples erro de NCM pode tornar a nota inválida.
- Barreiras na importação/exportação: Produtos com NCM incorreto são barrados na alfândega.
Quando revisar a classificação fiscal?
A revisão da classificação fiscal de mercadorias deve ser feita periodicamente, especialmente quando:
- Há mudança na legislação tributária
- Um novo produto é lançado
- O processo de fabricação é alterado
- Ocorrem mudanças no fornecedor ou origem do item
Infográfico: Etapas da classificação fiscal de mercadorias

Conclusão
A classificação fiscal de mercadorias é uma prática que exige atenção técnica e alinhamento com a legislação vigente.
Negligenciar esse processo pode gerar custos altos, enquanto executá-lo corretamente permite ganhos em conformidade, redução de tributos e maior previsibilidade fiscal.
Para empresas que buscam segurança e eficiência tributária, revisar regularmente os códigos NCM deve ser parte do processo estratégico.
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